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Marechal Rondon: 160 Anos de um legado de paz, ciênciae respeito aos Povos Indígenas

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    socialmentestudio
  • 28 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de abr.

Por: Maurício Melo de Meneses


Imagem: reprodução/Internet
Imagem: reprodução/Internet

Em 5 de maio de 2025, o Brasil celebra os 160 anos de nascimento de um de seus

mais notáveis herois nacionais: o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Mais do que

um militar, Rondon foi um visionário, um cientista e, acima de tudo, um defensor incansável

dos povos indígenas e da integração pacífica entre diferentes culturas. Seu legado

permanece vivo e ressoa em áreas como direitos humanos, desenvolvimento sustentável e

ciência.


O Brasil pelas Linhas do Telégrafo


Um dos capítulos mais marcantes da trajetória de Rondon foi sua liderança nas obras de

expansão das linhas telegráficas, um projeto estratégico que visava conectar o interior do

Brasil ao restante do país e ao mundo. À frente da Comissão Construtora de Linhas

Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, Rondon percorreu vastas

regiões inexploradas da Amazônia Legal, enfrentando desafios geográficos, climáticos e

logísticos extremos.


Foram milhares de quilômetros de cabos estendidos, abrindo caminho pela mata fechada e

ligando localidades distantes, até então isoladas, ao centro do poder político e econômico

do país. O telégrafo era, na época, o que hoje equivale à internet: uma ferramenta de

integração, comunicação e soberania nacional.


Mas o grande diferencial da missão de Rondon estava em sua conduta: ao invés de impor

sua presença pela força, ele buscava sempre o contato pacífico com as comunidades

indígenas, agindo com diplomacia, empatia e respeito. Seu lema — "Morrer se for preciso,

matar nunca" — se tornou símbolo de sua ética humanista.


Ciência, Meio Ambiente e Reconhecimento


Além das comunicações, Rondon também colaborou com diversos cientistas, naturalistas e

antropólogos, ampliando o conhecimento sobre a biodiversidade e a diversidade cultural do

Brasil. Sua participação na Expedição Roosevelt-Rondon, em 1913-14, ajudou a mapear

o Rio da Dúvida (hoje Rio Roosevelt) e foi um marco na cooperação entre ciência e

exploração.

Sua relação com o meio ambiente era pautada pela reverência e proteção. Ele compreendia

que o desenvolvimento só poderia ser verdadeiramente sustentável se respeitasse os povos

originários e os ecossistemas.


Um Legado Atemporal


Marechal Rondon foi o primeiro descendente de indígenas a alcançar o posto mais alto do

Exército Brasileiro e é o único militar a ser reconhecido como Patrono das Comunicações

e da Proteção aos Índios. Seu nome batiza o estado de Rondônia, monumentos, rodovias

e escolas por todo o país.


Em tempos de desafios sociais, ambientais e de valorização da diversidade, seu legado se

torna cada vez mais atual. Celebrar seus 160 anos é também reafirmar o compromisso com

um Brasil mais justo, unido e consciente de suas raízes.



Maurício Melo de Meneses é autor do livro Rondon - O Marechal da paz - Ed. Mackenzie


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